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Vacinas contra COVID-19: a corrida contra o vírus.

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Diante do aumento rápido dos casos de COVID – 19 e com a explosão da pandemia, iniciou uma corrida para encontrar a vacina contra a doença, as pesquisas foram feitas numa velocidade sem precedentes e foram desenvolvidas com base em estudos que já existiam e tecnologias, que representam inovações importantes para o futuro tratamento de várias doenças.

Apesar das diferenças entre as que foram desenvolvidas, todas têm por objetivo induzir a resposta imunológica do organismo, fazendo com que esse produza defesas contra o vírus 0 (SARS- Cov -2).

Em Fevereiro, haviam cerca de 69 vacinas sendo testadas em humanos, 20 delas estavam em etapas finais de testagem, muitas outras em etapas preliminares, como os estudos em modelos animais. Os mecanismos de ação dessas vacinas variam significativamente; enquanto algumas utilizam plataformas bem estabelecidas, outras dispõem de propostas inovadores, que estão sendo validadas nos mais diversos estudos.

AS VACINAS PIONEIRAS

As primeiras vacinas aprovadas no Brasil foram desenvolvidas pela parceria Oxford – AstraZeneca e pela empresa Sinovac, em conjunto com o Butantan.

A primeira chamada de Oxford, utiliza a tecnologia conhecida como vetor viral, na qual utiliza-se um vírus conhecido (Adenovírus) e adiciona-se a ele o material genético capaz de produzir uma parte específica do vírus SARS-Cov – 2, as chamadas “Spikes” ou proteína S, que são responsáveis por permitir a entrada do vírus nas células. Uma vez administrado, o adenovírus carregando o gene é capaz de entrar nas células do individuo que receber a vacina sem, no entanto, causar a doença. Esse material genético dentro da célula faz com que essas produzam proteínas e fragmentos da proteína S, que serão reconhecidas pelo sistema de defesa do corpo humano e a partir daí acontece a síntese de anticorpos que tem como alvo a proteína S e caso haja infecção, os anticorpos entram em ação para a destruição das células infectadas. O estudo dessa vacina detectou a necessidade do recebimento de duas doses, com intervalo de 3 meses.

A segunda vacina aprovada foi denominada Coronavac, ela conta com o vírus inativado, tecnologia usada a partir do século vinte, e que tem como objetivo ensinar o sistema imune a produzir os anticorpos contra o coronavírus. No caso, utiliza-se um composto que impede a multiplicação do vírus, mas mantendo suas proteínas. A vacina é incapaz de provocar a doença pois o vírus está morto, mesmo assim faz com que o sistema imunológico entre em ação produzindo os anticorpos capazes de combater o vírus vivo, caso tenha infecção posterior à vacina.

A Coronavac também necessita de duas doses, sendo a segunda num período menor de 2 a 4 semanas após a primeira dose.

A TECNOLOGIA USADAS NAS VACINAS ATUAIS:

Atualmente, o desenvolvimento das vacinas se concentra em 4 diferentes tecnologias:

– Vacinas de vírus inativados (ou mortos) ou atenuados (enfraquecidos): Métodos tradicionais, que utilizam o próprio vírus para estimular o corpo a produzir a resposta imunológica.

– Vacinas de vetor viral: utilizam outro vírus parecido que é geneticamente modificado para produzir as proteínas virais no organismo e provocar uma resposta sem causar a doença.

– Vacinas que utilizam uma proteína do vírus ou uma parte dela, ou que imitam algo da estrutura do vírus como seu revestimento externo para provocar a resposta imunológica.

– Vacinas de RNA e DNA geneticamente modificado do vírus para gerar uma proteína capaz de entrar em contato no organismo e gerar resposta imunológica de forma segura.

MAS QUAIS VACINAS ESTÃO SENDO UTILIZADAS NO MUNDO?

Muitas vacinas estão sendo testadas pelo mundo para tentar combater a pandemia do coronavírus, atualmente as vacinas aprovadas pela OMS para uso emergencial são:

Pfizer e BioNTech (BNT162): Vacina Norte America e Alemã, apresentou 90% de eficácia em estudos de fase3.

Moderna (mRNA – 1273): Vacina Norte Americana, apresentou 94,5% de eficácia em estudos na fase 3.

Instituto de pesquisa Gamaleya (Sputnik V): Vacina Russa, apresentou 91,6% de eficácia contra a COVID -19.

Astrazeneca e universidade de Oxford (AZD1222): Vacina Inglesa, tem 82,4% de eficácia contra o coronavírus.

Sinovac (Coronavac): Vacina Chinesa em parceria com o Instituto Butantan demonstrou uma taxa de  eficácia de 78% para casos leves e de 100% para infecções moderadas e graves.

Jhonson e Jhonson (JNJ – 78436735): Vacina Norte Americana com eficácia que variam de 66 a 85%, taxa que tem variação de acordo com o país onde é aplicada.

VACINAS UTILIZADAS NO BRASIL

As vacinas que estão sendo usadas no Brasil são: Pfizer e Biontech, a Coronavac, a vacina da Jhonson e Jhonson e a vacina da AstraZeneca.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as vacinas utilizadas no Brasil são consideradas seguras: “Até o momento, não há nenhum óbito que tenha relação estabelecida com o uso das vacinas para covid-19 autorizadas no país” Relata a Agência.

Em nota, a agência reguladora explicou que a avaliação risco – benefício leva em conta um conjunto de informações e os registros informados pelos usuários são apenas uma dessas fontes. As outras envolvem os relatórios de segurança dos fabricantes, os sinais de segurança gerados pelo modelo matemático da Organização Mundial da Saúde (OMS), a troca de informações com outras autoridades regulatórias e a discursão em grupos especialista.

QUANTO TEMPO PARA FAZER EFEITO?

O Efeito pode demorar algumas semanas, o corpo precisa de um tempo para produzir os anticorpos que vão garantir a imunidade contra a infecção. Além disso, no caso das vacinas que precisam de 2ª dose, a proteção só é garantida de 2 a 3 semanas depois da segunda dose.

PLANO DE VACINAÇÃO

A forma como a vacinação está sendo feita, varia entre cada país. Para saber se está dentro do grupo é importante consultar o plano de vacinação atual, estabelecido pelo Ministério da Saúde.

No plano inicial, a vacinação seria dividia em 3 fases para chegar aos principais grupos prioritários, no entanto novas atualizações já foram publicadas.

Segue o plano:

1ª fase: Trabalhadores da área de saúde, pessoas com mais de 75 anos, população indígena e pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições;

2ª fase: Pessoas acima de 60 anos.

3ª fase: Pessoas com outras doenças que aumentem o risco de infecção grave por COVID-19, como diabetes, hipertensão, doença renal, entre outras.

COMO PROVAR COMORBIDADE PARA A VACINAÇÃO?

Para receber as doses do imunizante, as pessoas com comorbidade que estão no grupo de risco  deve apresentar comprovação por meio de exames, receitas, relatórios médicos ou cadastros previamente existentes em Unidades Básicas de Saúde  (UBS) também pode ser utilizado.

CLICA AQUI para consultar o plano de vacinação atualizado!

QUEM NÃO DEVE TOMAR A VACINA?

A vacina não deve ser administrada em pessoas que tenham o histórico de alergias graves a algum componente da vacina. Além disso, no caso de crianças, deverá ser feita após a avaliação do médico.

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